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A região macro oeste do Paraná celebrou uma safra de soja 2025 acima das expectativas, com um aumento de 8% na produção em comparação ao ano anterior. De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), a produção atingiu 6,5 milhões de toneladas, consolidando a região como uma das mais produtivas do estado.

Em 2024, a safra havia fechado com 6 milhões de toneladas, número já considerado positivo pelos produtores. No entanto, as condições climáticas mais favoráveis em 2025, aliadas ao uso de tecnologias avançadas no campo, permitiram um salto significativo. "Tivemos um regime de chuvas bem distribuído e temperaturas ideais, o que foi crucial para o desenvolvimento das lavouras", destacou o engenheiro agrônomo do Deral, João Ricardo Silva.

A área plantada também cresceu modestamente, passando de 2,1 milhões de hectares em 2024 para 2,15 milhões em 2025. Esse incremento, embora pequeno, reflete a confiança dos produtores no potencial da região. "A soja continua sendo a principal cultura da nossa região, e os investimentos em manejo e fertilização têm garantido produtividades cada vez maiores", afirmou o presidente do Sindicato Rural de Cascavel, Marcelo Hoffmeister.

A produtividade média na região macro oeste atingiu 60 sacas por hectare em 2025, ante 57 sacas por hectare no ano anterior. Esse avanço é atribuído, em grande parte, à adoção de sementes geneticamente modificadas e ao manejo integrado de pragas e doenças. "A tecnologia tem sido nossa maior aliada. Hoje, conseguimos monitorar as lavouras com precisão e tomar decisões mais assertivas", explicou a produtora rural Ana Paula Mendes, de Toledo.

O clima, no entanto, não foi o único fator determinante para o sucesso da safra. Políticas públicas de incentivo à agricultura, como linhas de crédito rural e programas de assistência técnica, também contribuíram para os resultados positivos. "O apoio do governo federal e estadual tem sido fundamental para que os produtores possam investir em insumos e equipamentos de qualidade", ressaltou o secretário de Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara.

Apesar do cenário favorável, os produtores seguem atentos aos desafios do setor, como a volatilidade dos preços no mercado internacional e os custos crescentes de produção. "A soja é uma cultura que exige muitos investimentos, e qualquer variação nos preços pode impactar diretamente a rentabilidade", ponderou o economista do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Luiz Fernando Carvalho.

Para 2026, as expectativas são ainda mais otimistas. Projeções preliminares indicam que a região pode ampliar sua produção para 6,8 milhões de toneladas, desde que as condições climáticas se mantenham estáveis. "Estamos trabalhando para consolidar a região macro oeste como um polo de excelência na produção de soja", concluiu Ortigara.

Fontes oficiais utilizadas:

- Dados de produção e produtividade: Departamento de Economia Rural (Deral).
- Declarações de João Ricardo Silva e Norberto Ortigara: Secretaria de Agricultura do Paraná.
- Informações sobre políticas públicas: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
- Projeções para 2026: Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).